TALES – GRÉCIA ANTIGA
Tales, caminhando absorto em
observações astronómicas, caiu num poço. Uma mulher, que lhe valeu, riu-se e
criticou: “Como pode o sábio saber o que fazem as estrelas e desconhecer o chão
que pisa?”
Ainda hoje esta imagem ilustra o comportamento
dos estudiosos que se concentram excessivamente nas suas matérias.
Todos aprendemos na escola o
célebre Teorema de Tales, que diz respeito a uma proporcionalidade de
comprimentos de segmentos, quando duas retas concorrentes são cortadas por duas
retas paralelas.
Outros resultados há cuja
paternidade é atribuída a Tales. Alguns são tao evidentes, que não parecem
teoremas, como o que diz que todo o círculo é bissetado (isto é, dividido em
duas partes iguais) por qualquer diâmetro.
Outros teoremas são mais
sofisticados, como o que garante que todo o ângulo inscrito numa
semicircunferência é reto.
A Tales atribui-se também a
medição da altura de uma pirâmide egípcia, mediante o uso de uma pequena
estaca. Colocando a estaca verticalmente no chão Tales sabia que, à medida que
o movimento do sol vai projetando sombras de comprimentos diferentes, há uma
altura, fácil de determinar, em que a sombra mede tanto como a própria estaca.
Basta neste momento medir a sombra da pirâmide. Este método funciona, já que o
grande afastamento do sol nos permite assumir que os seus raios são paralelos.
Usando um conceito relacionado,
também estudado nas nossas escolas, as semelhanças de triângulos, Tales obteve
um método de estimar a distância a que um barco no mar se encontra da costa.
Conta-se também que previu a data de um eclipse lunar, o que leva a crer que
havia estudado seriamente os textos babilônicos.
Texto adaptado de Coleção Jogos
com história
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