sexta-feira, 20 de novembro de 2015

TALES – GRÉCIA ANTIGA


TALES – GRÉCIA ANTIGA

 

Tales, caminhando absorto em observações astronómicas, caiu num poço. Uma mulher, que lhe valeu, riu-se e criticou: “Como pode o sábio saber o que fazem as estrelas e desconhecer o chão que pisa?”

Ainda hoje esta imagem ilustra o comportamento dos estudiosos que se concentram excessivamente nas suas matérias.

 

Todos aprendemos na escola o célebre Teorema de Tales, que diz respeito a uma proporcionalidade de comprimentos de segmentos, quando duas retas concorrentes são cortadas por duas retas paralelas.

Outros resultados há cuja paternidade é atribuída a Tales. Alguns são tao evidentes, que não parecem teoremas, como o que diz que todo o círculo é bissetado (isto é, dividido em duas partes iguais) por qualquer diâmetro.

Outros teoremas são mais sofisticados, como o que garante que todo o ângulo inscrito numa semicircunferência é reto.

A Tales atribui-se também a medição da altura de uma pirâmide egípcia, mediante o uso de uma pequena estaca. Colocando a estaca verticalmente no chão Tales sabia que, à medida que o movimento do sol vai projetando sombras de comprimentos diferentes, há uma altura, fácil de determinar, em que a sombra mede tanto como a própria estaca. Basta neste momento medir a sombra da pirâmide. Este método funciona, já que o grande afastamento do sol nos permite assumir que os seus raios são paralelos.

Usando um conceito relacionado, também estudado nas nossas escolas, as semelhanças de triângulos, Tales obteve um método de estimar a distância a que um barco no mar se encontra da costa. Conta-se também que previu a data de um eclipse lunar, o que leva a crer que havia estudado seriamente os textos babilônicos.

 

Texto adaptado de Coleção Jogos com história

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