Gostar
de matemática pode ser contagiante, sobretudo à medida que a aprofundamos e que
a compreendemos. Às vezes torna-se viciante. Mas como poderemos gostar de uma
disciplina que reconhecidamente se tornou, ao longo do tempo, um problema para
a grande maioria dos alunos? Talvez compreendendo a sua essência que é afinal
onde tudo começa. Talvez até nos apaixonemos…
Por
esse motivo, o meu trabalho tem vindo a emergir na tentativa de promover uma
abordagem à matemática, revelando que a disciplina é um universo de novidades e
descobertas.
As
experiências profissionais que nos são proporcionadas ao longo da vida servem
não somente para transmitir conhecimento aos alunos, mas também para
aprendermos, evoluindo no nosso conhecimento profissional e sentido pedagógico.
Talvez esteja na matemática o zénite desses conhecimentos e da sua aplicação;
talvez assim possamos alterar o desempenho dos nossos alunos melhorando o seu empenho
na disciplina.
As
dificuldades que diariamente enfrentamos quando lecionamos a disciplina de
matemática colocam-nos um desafio que (quantas vezes) vai para além da aula e
vive connosco um quotidiano de ansiedade. A maioria dos alunos sempre que enfrentam
um problema de carácter mais abstrato, deixam-nos perguntas pertinentes, que também
colocamos a nós próprios. Uma delas, quiçá a de maior simplicidade e que
pairará no espírito de muitos alunos e professores: Porque é tao difícil ensinar
e aprender matemática?
É
certo que, também nós, quando nos iniciámos no universo que é a matemática,
deparámos com dificuldades quantas vezes acrescidas. As recordações das aprendizagens
neste vasto universo ainda hoje perduram, reforçando que trabalhar apenas situações
concretas é muito limitador, pois é no raciocínio abstrato, para além do
cálculo numérico, que tudo começa: É a zona criativa da matemática.
Talvez
assim seja possível alimentar o espirito dos alunos, que connosco vão evoluindo
no dia a dia, com a importância acrescida de certas tarefas porque
proporcionadoras de mais-valias no seu conhecimento e promotoras de maior
interesse pela própria disciplina, proporcionando-lhes em concomitância um
maior rendimento.
Julgamos
que “espicaçar a alma questionadora” que se encontra em cada aluno poderá ser o
cerne do processo de aprendizagem, já que, a cada espaço de novidade emergem
novos espíritos inovadores e criativos.
A
motivação em matemática é uma questão complexa. Numa era em que a disciplina é
encarada pelos alunos não como a ciência das ciências, mas a disciplina que os
derrubará, a sua desmotivação é patente e reflete-se nos resultados das
avaliações tal como no comportamento em sala de aula.
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